Valdivia rejeita seguranças e já agenda consultas com psicólogo

Após o drama de ficar por quase três horas sob mira do revólver de um sequestrador ao lado de sua esposa, Daniela Aranguíz, o meia Valdivia tem recebido todo apoio da diretoria do Palmeiras para tentar se recuperar emocionalmente e permanecer no clube.
Uma das medidas adotadas pela direção alviverde foi oferecer um psicólogo para ajudá-lo a esquecer o trauma. A primeira consulta está marcada para esta sexta-feira. Uma semana depois do sequestro-relâmpago, o chileno admite que ainda vê as imagens do que ocorreu. Lembrança acentuada por ter reconhecido o suspeito na delegacia na Ultima quarta.- Fecho os olhos e vem a imagem da pessoa apontando uma arma para minha cabeça e da minha mulher, dizendo que iria atirar se fizéssemos qualquer movimento ou falássemos alguma palavra para alguém. Só quem passou por isso sabe como é - relatou o chileno.
Cuidadoso para não parecer crítico ao Brasil, Valdivia cansou de fazer elogios ao país e ressaltou que nunca havia pensado em usar seguranças. Ele e a mulher levavam os filhos à escola e não temiam ações criminosas. Até então, o jogador nunca havia sido vítima sequer de furto.
Depois do sequestro-relâmpago, num primeiro momento, ele tem sido acompanhado por seguranças, até porque sua esposa temia por uma vingança de amigos do homem que os fez de reféns. Mas o camisa 10 do Palmeiras pretende dispensar a ajuda rapidamente.
- Nunca precisei e acho que não preciso. Por outro lado, é importante, dá uma tranquilidade. Espero que o que aconteceu acenda um alerta e melhore a segurança das pessoas.
A esposa do atleta está receosa pela integridade dos filhos. Valdivia, aliás, revelou que costuma levá-los à locadora de filmes onde havia ido com a mulher. Justamente naquela noite, a filha estava com febre e, por isso, ficou em casa.
- Nós havíamos ido devolver um filme da minha filha, que estava doente. Nessa hora você vê a grandeza do homem lá de cima, por deixá-la em casa exatamente nesse momento.
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