Header Ads

Cachoeira comandava quadrilha desmantelada pela operação Jackpot de dentro da prisão


 
operação Jackpot (expressão inglesa que faz referência ao prêmio acumulado em máquinas de cassinos ou sorteios de loterias), deflagrada no começo da manhã desta sexta-feira (24), prendeu três pessoas que recebiam ordens diretas do bicheiro Carlinhos Cachoeira, preso desde o começo do ano quando a operação Monte Carlo foi deflagrada pela Polícia Federal.

O delegado responsável pela Deco (Divisão Especial de Repressão ao Crime Organizado) da Polícia Civil Henry Lopes, disse que o grupo agia de forma bem articulada.

— Existem fortes indícios de queCachoeira comandava o grupo de dentro da prisão.

Em uma tentativa de despistar a ação da polícia, o delegado explica que o grupo modernizou a forma de trabalhar e chegou a investir em "modernidade e conforto para os clientes".
— Eles tinham carros novos, buscavam os clientes em casa ou marcavam pontos de encontro.

Henry explicou ainda que a quadrilha faturava pelo menos R$ 10 mil por dia e era investigada havia pelo menos seis meses.

— Encontramos vales de R$ 37 mil nessas casas de jogos de azar. As pessoas saíam de lá endividadas e existem indícios de que os valores eram bem mais altos, uma vez que a ação varava madrugada adentro.

Ousadia

Ao todo são 13 mandados de busca e apreensão, sendo que cinco deles foram cumpridos. Os três homens que foram presos junto com Cachoeira no começo do ano estavam em liberdade provisória, mas foram presos novamente. Para o diretor-geral da PCDF (Polícia Civil do DF) Jorge Luiz Xavier, isso é uma afronta ao Estado. Além disso, em seis meses de investigação a polícia apreendeu 80 máquinas caça-níqueis.

— É inaceitável colocar em liberdade provisória gente que mexe com o crime organizado. Eles são ousados, mesmo com uma CPI instaurada pela prática dos jogos de azar, que resultou na prisão do líder deles, eles vieram para Brasília e instalaram novos pontos, faturando alto, e eram comandados pelo próprio contraventor que está preso.

Xavier disse que o grupo agia de forma premeditada e tinha o que a polícia chama de "movimento de inteligência ativa".

— Do mesmo jeito que a polícia monitorava todos os passos deles, eles tinham funcionários especializados só para nos monitorar. Quando chegávamos perto de prendê-los, eles davam um jeito de fugir do flagrante, mudando de endereço e descaracterizando todas as provas.

O diretor disse ainda que essa é uma das ações mais ousadas que presenciou durante seu tempo de serviço e acredita que o Estado deva agir com mais rigor.

— É um nível de ousadia muito alto. É uma afronta ao parlamento e judiciário brasileiro. Acho que se nada for feito, o Estado pode fechar as portas.

Nenhum comentário:

Tecnologia do Blogger.