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Greves provocam "apagão" em rodovias e hospitais no fim de semana


A onda de greves dos servidores públicos federais deve causar transtornos para a população neste domingo. Com apenas 30% dos policiais rodoviários federais trabalhando e com os hospitais particulares sem 75% dos remédios e insumos, os maiores problemas devem se concentrar nas rodovias e hospitais.

A greve da PRF (Polícia Rodoviária Federal) começou na última semana e não tem data para acabar. Os representantes dos sindicatos de todo o País se reúnem na próxima segunda-feira (27) para analisar a proposta do governo, mas não há sinalização ainda para o fim do movimento.

Durante a paralisação, apenas 30% do efetivo vai trabalhar nas rodovias federais. Motoristas devem redobrar o cuidado para evitar acidentes. A fiscalização rotineira será suspensa e o trabalho de combate aos crimes como o roubo de cargas, tráfico de drogas, contrabando, descaminho, sonegação de impostos, exploração sexual de crianças e adolescentes e crimes de trânsito ficará prejudicado.
Só serão atendidos acidentes com vítimas e, em nenhum caso, o boletim de ocorrência será emitido na hora. Com isso, os motoristas que se acidentarem devem ter problemas para acionar o seguro do veículo, que exige o documento, e precisam colher o máximo de provas possíveis, para evitar maiores transtornos.

É preciso que o motorista tenha o máximo de provas possíveis, como panfletos da categoria, notícias sobre a greve e tentar fazer o boletim com os policiais, tirando, inclusive, fotos ou gravando a recusa dos agentes. Em relação ao acidente, tirar fotos do carro e pegar o contato de testemunhas também pode ajudar. Quem puder, deve também tentar registrar a ocorrência na cidade mais próxima da rodovia.

Sem remédios 
Nos hospitais, a situação deve continuar crítica para pacientes que dependem de remédios e insumos. O último levantamento divulgado pela ANPH (Associação Nacional de Hospitais Privados) aponta que 75% dos hospitais já enfrentam problemas de abastecimento agora ou para as próximas semanas devido à greve da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e de outras instituições do governo federal.
Veja a lista de medicamentos em falta

Faltam remédios essenciais para tratamento médico em diversas regiões do País, em sua maioria, insumos hospitalares importados, como reagentes, materiais descartáveis e produtos farmacêuticos.

Os estoques também variam entre as unidades. Sobre a falta de quimioterápicos, fios cirúrgicos, equipamentos de soro, entre outros, a associação relatou apoio da Anvisa para a solução do problema.

Negociações 
O governo está negociando com mais de 30 categorias há duas semanas, mas as paralisações continuam em diversos setores estratégicos do governo.

Os professores de universidades federais continuam num impasse, com as negociações suspensas pelo MEC (Ministério da Educação). O Itamaraty tem 38 postos no exterior com adesão à greve dificultando a emissão de vistos estrangeiros e documentos como certidão de nascimento, casamento e óbito.

Polícia Federal também decidiu manter a greve e nos próximos dias a situação pode voltar a ficar difícil nos aeroportos e fronteiras.

A proposta do governo é praticamente a mesma para todas as categorias: 15,8% de reajuste pagos nos próximos três anos, a partir de 2013. O último prazo para acordos é a próxima sexta-feira (31), quando o Ministério do Planejamento envia para o Congresso Nacional a Lei Orçamentária para o próximo ano, com as previsões de gastos. 
Mapa da greve dos servidores públicos federais
Paralisação atinge áreas da saúde, educação, previdência e segurança
Justiça Federal
Servidores110 mil
Em grevecerca de 50% (SP, DF, MT, RS, BA, SC)
Salário médioauxiliar (R$ 2.878)
técnico (R$ 5.176,50)
analista (R$ 8.493,50)
Reivindicações: revisão do plano de cargos e salários
e reajuste de 33% no salário
 
Polícia Federal
Servidores9.000
Em greve7.000
Salário médio de agenteR$ 9.700,00
Salário médio de delegadoR$ 16.500,00
Reivindicações: reestruturação de carreira com equiparação salarial aos demais cargos de nível superior do Executivo, como auditor da Receita Federal e AGU (Advogacia-Geral da União), que terminam as carreiras com salário médio de R$ 16 mil.
 
Polícia Rodoviária Federal
Servidores9.100
Em greveApenas os agentes do Piauí
não aderiram ao movimento.
Salário médioR$ 6.800,00
Reivindicações: reestruturação salarial e da carreira, realização de novos concursos, aumento do efetivo, reconhecimento do nível superior, além do aumento dos auxílios alimentação, saúde, creche e transporte.
 
Professores de Universidades Federais
ServidoresCerca de 68 mil (56 das 59
universidades estão paradas)
Em greveNão divulgado
Salário médioR$ 8.601,00
Reivindicações: reestruturação da carreira docente, melhoria nas condições de trabalho
e reajuste salarial de 22%.
 
Funcionários de universidades federais
Servidores182 mil
Em greveSomente 30% cumpre
expediente realizando
serviços essenciais.
Salário médioR$ 1.034,59
Reivindicações: reajuste salarial de 25% e aumento do piso de 22,8%.
 
Servidores da Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social
Servidores230 mil
Em greve70 mil
Salário médioR$ 2.700,00
Reivindicações: equiparação salarial com o INSS, que tem piso de R$ 6 mil, plano de carreira
e aumento no ticket alimentação. A categoria também reivindica jornada de trabalho de 30 horas e abertura de concursos para novos servidores.
 
Analistas da Receita Federal
Servidores7,5 mil
Em greveSomente 30%
estão prestando
serviços essenciais.
Salário médioR$ 7.996,00
Reivindicações: aumento salarial de 30% para 2013 e 25% para 2014 e 2015.
 
Auditores da Receita Federal
Servidores11,5 mil
Em greveEntre 80% e 90%
aderiram a
movimento grevista.
Salário médioR$ 16.525,00
Reivindicações: reajuste salarial e recomposição da inflação de 30,19%
 
Servidores do INSS
Servidores36,1 mil
Em greveNão divulgado
Salário médioR$ 4.500,00
Reivindicações: reajuste salarial, jornada de trabalho de 30 horas semanais
e contratação de novos servidores

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